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Por que casais brigam tanto? A dinâmica invisível entre “filhinho da mamãe” e “filhinha do papai”

  • Foto do escritor: Juliana Bertoncel
    Juliana Bertoncel
  • 9 de set. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: há 3 dias

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Segundo Bert Hellinger, toda relação amorosa saudável começa com uma renúncia, e ela não acontece na vida adulta. Ela começa na infância.


Pouca gente percebe isso, mas muitos casais em crise não estão brigando entre si. Estão repetindo, no relacionamento, uma lealdade antiga que nunca foi encerrada.


Para se tornar homem, o filho precisa renunciar à primeira mulher da sua vida: a mãe.


Para se tornar mulher, a filha precisa renunciar ao primeiro homem da sua vida: o pai.


Renunciar não é rejeitar. É colocar cada um no seu devido lugar.


Quando isso não acontece, o adulto até cresce por fora, mas continua emocionalmente preso. E aí começa o problema.


O filho que permanece na esfera de influência da mãe tende a virar um eterno adolescente: inseguro, dependente de aprovação, oscilando entre submissão e rebeldia. Ele até pode desejar mulheres, mas não sustenta o lugar de homem.


A filha que permanece na esfera de influência do pai tende a se tornar uma eterna adolescente emocional: sedutora, carente de validação, competitiva com outras mulheres, mas sem acesso pleno ao lugar de mulher madura.


Agora imagine esse encontro.

O famoso “filhinho da mamãe” com a “filhinha do papai”.


A atração é forte. A química é intensa. Parece amor à primeira vista. Mas logo surgem as brigas, as cobranças, os testes constantes, os ciúmes, as exigências emocionais impossíveis de satisfazer.

Porque, no fundo, não são dois adultos se encontrando. São duas crianças feridas tentando resolver, no parceiro, algo que pertence aos pais.


Na constelação familiar, isso aparece com clareza: quando o vínculo com o pai ou com a mãe não foi simbolicamente encerrado, o parceiro vira palco de disputas antigas.


Ela cobra presença como cobrava do pai. Ele se fecha ou se perde como fazia diante da mãe.

E o relacionamento vira um campo de batalha emocional.

Casais assim não sofrem por falta de amor. Sofrem por falta de ordem.


Hellinger foi direto: sem a renúncia correta na infância, não há maturidade emocional suficiente para sustentar uma relação adulta. O amor até existe, mas não se organiza. E amor sem ordem adoece.


Talvez a pergunta que muitos casais deveriam se fazer não seja: “Por que brigamos tanto?”

Mas sim: “Será que já saímos, de verdade, do lugar de filhos para ocupar o lugar de homem e mulher?” Porque só dois adultos inteiros conseguem construir um vínculo estável. O resto é intensidade, drama… e repetição.


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Juliana Bertoncel - Psicoterapia Avançada & Constelação Familiar




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